Sejam bem vindos!

Meu nome é Simone. Bipolar e criativa! Um paradoxo ambulante...fácil de amar e difícil de aturar!!!
Em meu blog vocês poderão encontrar textos e vídeos de minha autoria, bem como outros que eu julgue pertinentes aos assuntos aos quais resolva tratar no dia, ou na fase pela qual estiver passando...e,como não consigo conceber uma vida sem música, vocês encontrarão também vários clipes e letras, como também, vídeos e mensagens , de variados artistas.
Aqui, não contarei detalhes de fatos de minha vida...não darei opinião sobre nada...nao farei apologias, nem mesmo abraçarei causa alguma (lembrando que: como sou contraditória as vezes, isso não chega a ser uma promessa!rs...)... apenas deixarei minhas impressões particulares a respeito dos mesmos, da forma mais criativa que me venha a ser possível...juntando textos, imagens, sons e idéias...a quem "possa", ou "consiga" apreciar!...Mostrarei idéias um tanto quanto complexas a primeira vista... das realidades que "nos" cercam em "meu" mundo...um mundo que só me é peculiar nas impressões...porque no fundo..nossas realidades são exatamente as mesmas!
Onde só o que é diferente... é a capacidade de enxergar e aprender com a observação, daquilo que está dentro e fora de nós mesmos...

E SOBRE TUDO...ENCARAR, ACEITAR E ASSUMIR QUEM DE FATO SOMOS!!!

.....................

Estou aberta a sugestões, embora não garanta acatá-las, espero que gostem.

Obrigada e beijos!


“A única liberdade verdadeira, é a liberdade de criar. O único vôo totalmente seguro, é o da imaginação. O único bem que ninguém pode nos furtar, é o saber. E a única licença irrevogável, é a poética.”

Simone Tavares da Silva.

domingo, 11 de outubro de 2009

"Esquece! Agora é tarde!"

"Esquece! Agora é tarde!"

Muitas são as pessoas que não conseguem se conformar com o desenlace triste de uma situação ou romance. Passam a vida a perseguir o sonho de um dia consertar as coisas, no lugar de simplesmente tentar aprender com elas e seguir em frente. Ficam então, a se martirizar e a martirizar o outro, diante de situações que não têm conserto. Tentando retornar a partir do ponto em que tudo ia bem, e dar um fim diferente e mais bonito a uma história que simplesmente: JÁ ACABOU! Colar pedaços que de tão estilhaçados, não podem mais ser colados. Transformar uma peça, que um dia já foi digna do mais refinado colecionador de cristais, em uma sucata inútil e voltar a pô-la na estante, em lugar de destaque, como se esta ainda fosse bela e ninguém fosse notar. O perdão já lhes foi dado, mas parece não ser o bastante. A tão sonhada máquina do tempo, NÃO EXISTE!
Os erros são assim mesmo, muitos não têm reparação, o que nos resta (pobres mortais), é aprender com eles. Se valer deles para no futuro, poder escrever uma história mais bem construída, de final feliz. Porém, com outros personagens, usando atores que não estejam contaminados nem corrompidos pelos vícios da mágoa. Aí sim, se verá no palco da vida, desenvolvendo uma peça com alegria, sabendo que ao se fechar as cortinas a platéia irá vibrar e, quem sabe, até pedir bis. Sabendo que poderá então, comemorar ao lado de seus companheiros, sem que não fique nenhum num canto remoendo mágoas que se formaram ao longo dos ensaios. Em todo palco se erra, é verdade, até que tudo fique perfeitamente sincronizado e harmônico, isso acontece sim. Só que, com as experiências adquiridas nos fiascos trechs de outros espetáculos, eles vão se tornando menores, menos recorrentes e graves. E ao fim da peça que nos está reservada, com toda certeza, haverá o abraço sincero de todo o nosso elenco, porque haverá na consciência de cada um, que tudo o que houve antes da estréia, deu-se por amor: a chamada de atenção que foi dada a um ou outro passo ou fala errada, foi feita com carinho e apenas para afinar ou fazer aflorar o dom que já se sabia existir em cada um. Foi pra ensinar, nunca pra humilhar! Pra fazer feliz, nunca pra entristecer!
Tudo o que foi dito no segundo parágrafo, foi muito bonito e verdadeiramente sincero, porém, não podemos perder o foco daquilo que nos remete o título da página...
Analisando ambos os casos, podemos nos confundir, mas basta que atentemos ao fato de que, são situações diferentes. No segundo caso, tudo foi feito com amor, maturidade e experiência, não que uma pessoa precise ser velha, estar no fim da vida, pra poder estrear a sua peça "perfeita", não se trata disso, até porque, algumas pessoas já carregam consigo esta maturidade desde o berço, isto lhe é intrínseco e nato. Porém, a maioria de nós, só aprende com o tempo, vivendo entre e erros e desacertos, para só final obter estas maravilhosas características: paciência, benevolência, gratidão,...e por fim: AMOR! Qualidades que não podem faltar para se obter sucesso na arte de viver. Já no primeiro caso (já ia eu me perder de novo, "seria tão bom, poder divagar apenas sobre coisas boas!"...é o que eu penso!rs...), bem, no primeiro caso, os erros cometidos, se fizeram sob adjetivos pejorativos e imaturos, dos quais podemos citar: orgulho, preconceito, vaidade, intolerância e EGOÍSMO! Então, neste caso, é melhor ESQUECER! Porque: JÁ ERA! Nenhum erro ou injustiça cometidos por estes aspectos, pode ser devidamente conciliado, pois seus motivos nada tiveram de nobres. As vezes que a atenção foi chamada, não foi de forma a se ensinar, e sim, por mera vaidade; não foi feita de forma justa, e sim, cruel... humilhante! Não foi com o intuito de mostrar ao "discípulo" o melhor caminho a se seguir, e sim, querendo mostrar-lhe que deve sempre ficar a sombra de seu mestre. Esquecendo-se principalmente, que na peça perfeita, não pode haver hierarquias, pois esta só se dá entre iguais.
Então, caros amigos...podemos ver que a dessemelhança entre ambos os casos nada tem de sutil, na verdade, é gritante! É nela que consiste o segredo entre dar uma segunda chance...ou dizer: CAI FORA!
Seguir em frente é difícil, tanto pra "vítima" quanto pro algoz...mas, sem dúvida é preciso. O primeiro tem a árdua tarefa de encontrar quem lhe dê real valor e não imitar os erros de seu "mestre". O segundo, tem muitas vezes de amargar o valor que não deu a quem merecia...aquele....que poderia ser a peça que lhe faltava em seu quebra cabeças, o que o preencheria e faria feliz até o fim de seus tempos na terra, e ainda após este, o de encontrar um novo alguém, com qualidades iguais e... difícilmente maiores do que o "alguém" que perdeu. Ter que viver na inútil comparação, que na maioria das vezes, resulta, em frustração. Esperar por nova vida, que lhe permitar se aproximar daquele, que só tardiamente verificou e reconheceu, como...
SEU VERDADEIRO AMOR!
                                                        Simone Tavares da Silva, 21/09/2009.

Neste espaço, me reservo o direito de transcrever uma história muito famosa, que porém, deve ser desconhecida de muitos. Mas que, aos amantes de temas profundos, não será em vão rever. A história que explica o dito popular:

" AGORA É TARDE...INÊS É MORTA!"

O dito popular: "Agora é tarde, Inês é morta!" designa que não há mais o que fazer, não há mais como desculpar-se, pois que o tempo disso já passou.
Poucos sabem, mas essa frase se refere a um passado de Portugal. Ao Rei Dom Pedro I de Portugal (o
nosso dom Pedro I em Portugal, era IV) e às suas primeiras núpcias.
Provavelmente nasceu em 1320 a menina a que deram o nome de Inês de Castro, uma filha natural de
Pedro Fernández de Castro e de Aldonza Soares de Valladares. Desde pequenina, foi levada ao castelo de Peñafiel, onde viveu em companhia de Constanza Manuel.
Apresentados os dados iniciais, vamos à história: Alfonso IV, rei de Portugal, decidiu que chegara a hora de seu filho mais velho, Pedro, contrair matrimônio. E como so ía acontecer nas famílias reais, o casamento era mais uma forma de firmarem-se alianças que de propriamente um ato de amor. Podemos até imaginar o diálogo nos dias de hoje:
- Pedro, meu filho, está na hora de te casares.
- Ihhh... que é isso, pai?... sai dessa!
- Não, meu filho. Como és meu príncipe e herdeiro, tens que asumir logo as atribuições do trono.
- Mas não amo ninguém, pai!
- E quem te disse que um rei tem direito a amar? Apenas te casarás com aquela que melhor for para o nosso reino.
- Humpf! fazer o quê?... se é o jeito...
- É sim. Vai-te logo acostumando com a idéia.
Dom Alfonso fechou contrato com a famĺlia de Constanza e esta foi a Portugal. Acompanhada de sua dama, Inês de Castro. após uma longa viagem, chegaram ao palácio de Portugal. Dom Pedro esperava a comitiva. Quando as damas desembarcaram, ele se apaixonou perdidamente... pela dama de companhia, Inês de Castro. Com o casamento firmado, foi ter as benditas núpcias com a esposa. Mas, a partir do dia seguinte, começou a perseguir e a cortejar de todas as formas possíveis... Inês. e tanto fez, e tanto insistiu, e (dizem) tão charmoso era, que ela não teve como resistir... acabou por ceder, também flechada pelo cupido.
Entregaram-se às delícias de seu amor proibido. Pedro a colocou na Quinta das Lágrimas, em Coimbra, onde ela era rainha e dona do coração dele. Enquanto isso, no palácio, Constanza, que também se apaixonara pelo príncipe, morria à míngua. Inanição. Deitara-se na cama após o nascimento de Fernando, filho e herdeiro e, como o marido não a procurava mais, deixou-se morrer lentamente.

Passaram-se alguns anos e Inês teve com Pedro vários filhos: Beatriz, João e Dionísio. Viviam em harmonia invejável. Dom Alfonso se preocupava: Inês era natural e filha de Castela; não poderia deixar o reino de Portugal para a prole dela. Chamou seu filho Pedro e novamente propôs que ele se casasse. Ao que ele respondeu:
-
Com prazer, meu pai. Contanto que seja com Inês de Castro.
De nada adiantou o pai apontar as desvantagens políticas e sociais do casamento com a ex-dama de companhia da ex-mulher dele, Pedro se mostrou irredutível. Só se casaria se fosse com Inês de Castro. Percebendo que não conseguiria nada em apelar para o bom senso do filho, Dom Alfonso o enviou em uma missão para longe de Portugal. Mal o filho saía da cidade, o rei, ouvindo seus conselheiros, resolveu mandar matar Inês de Castro. Com ela longe da vista do filho, este aceitaria um novo matrimônio.
Foram três os cavaleiros - Gonçalves, Coelho e Pacheco - que se dirigiram à Coimbra a fim de executar a jovem bela, de corpo esbelto e olhos claros e tranqüilos, e colo "de cisne" - como diziam os portugueses. Ao chegarem lá, dom Alfonso apeou do cavalo e foi ter com a jovem. Ela defendeu-se tão doce e verdadeiramente que o rei desarmou-se. Voltando aos outros cavaleiros, fez como Pilatos: lavou as mãos e entregou a justiça aos outros. Que, rapidamente, se precipitaram sobre a jovem mãe cercada de seus três filhos, o mais novo ainda de colo e a mataram.
Quando Pedro retornou e viu apenas um dos seus filhos sobrevivendo e, devido à brutalidade presenciada, nunca pôde ser considerado normal, entrou em desespero. Para maior desespero do pai, ainda repetia que se casaria apenas se fosse com Inês de Castro. "Mas ela está morta!" - reclamava o rei e o pai. Pedro calava-se e permaneceu mudo por mais alguns anos até que o pai morreu em 1357. E, como diz o ditado, "Rei morto, rei posto".
Mal Dom Pedro foi coroado rei, mandou exumar o corpo de Inês, mandou limpar ossinho por ossinho, mandou ligar todo o esqueleto de sua amada. Fez com que o casassem com ela. A única rainha morta da história; a que foi coroada depois de morta. E, reza a lenda, Pedro ainda exigiu que todos da corte viessem beijar a mão descarnada e render homenagem à rainha Inês.
Dizem ainda que dom Pedro não conseguia mais dormir, pois, que cada vez que pegava no sono, vinha-lhe a imagem de Inês a lhe lamentar: "
Se estivesses perto de mim, eu não teria morrido. Por que tiveste que te afastar de mim?". Ele acordava gritando e saía pelas ruas de Portugal a fazer festa ou.. ia para as masmorras fazer justiça.
Sim, porque desde que fora coroado rei, ele mandara prender nas masmorras os executores de sua rainha. E sempre que descia a fim de torturá-los mais um pouco, eles gritavam por clemência:
- Perdão, el-rei! perdão, el-rei!
Ao que Dom Pedro respondia, invariavelmente:
- Agora é tarde; Inês é morta.
Apesar de tudo, Dom Pedro I ficou conhecido como o "Justiceiro" e amado pelo seu povo, pois sempre que podia nas questões jurídicas, fazia valer a lei para o lado dos mais pobres. Dizem, também, que dom Pedro nunca mais se deitou com nenhuma outra mulher e permaneceu fiel a Inês até o dia de sua morte. Ele mandara construir um mausoléu para a rainha, no monastério de Santa Maria de Alcobaça, considerada a obra gótica máxima de Portugal. Defronte, mandou construir o prórpio mausoléu... para que, no dia do juízo final, ele primeiro possa rever a sua amada Inês.
Uma história de amor histórica e lendária, da qual já não há mais como separar a lenda do real.
Encontram-se referências a essa história tanto em "Os Lusíadas", de Luís Vaz de Camões, quanto em "Mensagem", de Fernando Pessoa.



http://papeldearte.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagens populares