Sejam bem vindos!

Meu nome é Simone. Bipolar e criativa! Um paradoxo ambulante...fácil de amar e difícil de aturar!!!
Em meu blog vocês poderão encontrar textos e vídeos de minha autoria, bem como outros que eu julgue pertinentes aos assuntos aos quais resolva tratar no dia, ou na fase pela qual estiver passando...e,como não consigo conceber uma vida sem música, vocês encontrarão também vários clipes e letras, como também, vídeos e mensagens , de variados artistas.
Aqui, não contarei detalhes de fatos de minha vida...não darei opinião sobre nada...nao farei apologias, nem mesmo abraçarei causa alguma (lembrando que: como sou contraditória as vezes, isso não chega a ser uma promessa!rs...)... apenas deixarei minhas impressões particulares a respeito dos mesmos, da forma mais criativa que me venha a ser possível...juntando textos, imagens, sons e idéias...a quem "possa", ou "consiga" apreciar!...Mostrarei idéias um tanto quanto complexas a primeira vista... das realidades que "nos" cercam em "meu" mundo...um mundo que só me é peculiar nas impressões...porque no fundo..nossas realidades são exatamente as mesmas!
Onde só o que é diferente... é a capacidade de enxergar e aprender com a observação, daquilo que está dentro e fora de nós mesmos...

E SOBRE TUDO...ENCARAR, ACEITAR E ASSUMIR QUEM DE FATO SOMOS!!!

.....................

Estou aberta a sugestões, embora não garanta acatá-las, espero que gostem.

Obrigada e beijos!


“A única liberdade verdadeira, é a liberdade de criar. O único vôo totalmente seguro, é o da imaginação. O único bem que ninguém pode nos furtar, é o saber. E a única licença irrevogável, é a poética.”

Simone Tavares da Silva.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

À sua espreita


Desde seu primeiro suspiro...

Quando retirado violentamente, do ambiente escuro...


Onde havias se escondido durante tempos...

Chorando assustado ao encontro de um mundo novo...

Apartado...
Em fim sozinho...
Desprendido e entregue a mim...

 
Submetido a mim...



Eu já estava lá!...


Quando em seus primeiros passos...
Caías e choravas...
Machucava-te e saravas...


 
Eu estava lá...
Quieta ao canto...

Somente a te observar...


Em seu primeiro dia...

Indo só a própria sorte...
Atravessando ruas...
Interagindo com estranhos...
Despejando sorrisos e bom dias...
Comprando o pão e guardando o troco...


 
Sem perceber...
Você passou por mim...


Já na escola...

Durante os exercícios e brincadeiras...
O lanche e a dedicação...

Embora sendo simpática a seu esforço...
Não podia desviar de ti o olhar...
Era mais forte que eu...
Não cabia a mim decidir...



Portanto...
Quando ao fim das aulas...
Caminhavas para casa, contente e saudoso dos seus...
Louco para ver TV, soltar pipa e brincar com seu cãozinho...

 
Tinha que acompanhá-lo!


Na adolescência...

Tive que ser indiscreta...
Acompanhei de perto seu primeiro beijo...
Observei suas reações, vi que tinha muito ainda à aprender....
Participei de suas festas...
Bebi com você...
Embora estivesse a serviço...


 
Tive vontade de esmurrar quem mexeu contigo...

Entretanto...
Me ative a apenas acompanhar seus movimentos!


Adentrando a vida adulta...

Quando procuravas achar o teu caminho...
Descobrir quem de fato eras...
Desiludindo-se e recusando-se a desistir...

 
Orgulhei-me de ti...



 
Tentei entrar na sua frente...
Quando vi que portas bateriam em sua cara...
Mas...
Me foi recusada essa satisfação...
Me obrigaram a ficar somente à espreita...
Esperando o tempo e a oportunidade...

A qual eu rezava que estivesse distante...


Em sua velhice...

As crianças brincando ao seu redor...
Pedindo colo...
Querendo histórias e biscoitos...
Os almoços de domingo...
As preces de fim de tarde...


 
Estive sempre ao seu lado...
Quando antes de se deitar, olhavas para a estante cheia de fotos...
Pedindo à Deus que guardasse a família ...


Até que um dia...
Pude então te tocar...


Após encerrada a seção...
De uma história muito bem contada e bem vivida...

Numa noite bonita e calma...


 
Beijei-te a face...
Acariciei delicadamente os seus cabelos brancos, até que pegasse no sono...

 
Seguindo o ritmo tranquilo do embalo doce de uma vida plena...

 
Dormiste em paz.




 

Tenho agora que dizer que fui feliz!

Sei que não era este meu papel em sua narrativa...
Mas não tinha como evitar...
A moral me obriga a admitir...
Eu fui feliz!...

 
Apenas em te observar...

Minha função era te aguardar...
Te arrebatar...

No entanto...
Sinto que de algum modo...
Acabei por te proteger e resguardar...

Quando perigos lhe rondavam!

Se tivesse eu um coração...
Se ao menos tivesse peito...
Uma caixa torácica mesmo que vazia...

 
Me arriscaria a dizer...
Que cheguei mesmo...

 
A te amar!


Simone Tavares

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