O “AMOR”, O MEDO E A UTOPIA.
1ª parte: O “amor”
- Pensamentos íntimos de um "alguém":
"Definitivamente...o que eu mais queria em minha vida era poder ficar com você....
Mas não dá...
Por mais que eu perdoe,você vacila...por mais que eu deseje...você repele
Por mais que prometa...não cumpre...
Por mais que diga amar...não mostra
As palavras são belas...sempre achei...
Mas os atos falam por si
Não há palavra que se mostre válida, quando subtraída de ação que a complemente
Da mesma forma que não há vida sem respiração
Sopro sem ar
Fogo sem oxigênio
Amor sem respeito...sem consideração, cuidado e carinho...
É palavra vazia, desprovida de verdade, que acaba só trazendo ilusão, decepção e dor.
Sei que pra você, abandonar quem “acredita” amar...é tarefa herculiana
E pra mim, dar as costas a quem grita a plenos pulmões que me ama...é como me condenar ao limbo em plena existência terrena...
Pois a esperança, que pra muitos é um acalento
Tem me sido, verdadeiro tormento
Só que, viver se iludindo e decepcionando... é levar vida de zumbi...caminhar se sentindo morto
É isso o que seu “dito” amor tem me trazido:
Sorrisos banhados de lágrimas
Risos amargos
Felicidade tênue que logo se desmorona
Confiança que necessita de armadura
Alegria de palhaço triste
Orgulho coberto de vergonha
Coragem trêmula
Sinceridade dissimulada
MEDO!"
2ª parte: O medo.
- Uma análise particular:
Medo...palavra sórdida
Que leva homens e mulheres à violência e ao desespero
Ele, na maioria das vezes é objetivado pela insegurança de quem o causa ou até mesmo de quem o sente
A insegurança é um sentimento mesquinho que na maioria das vezes é despropositado...
Fruto de uma imaginação destrutivamente fértil...
De uma auto estima abalada
De um valor, que a maioria das pessoas tem e não conseguem enxergar
Por se olharem pelo prisma de um espelho quebrado, que apenas reflete uma imagem destorcida de si mesmos
O que me faz pensar, na beleza que todos poderiam ver caso se olhassem nas águas tranqüilas de uma simples lagoa!
Certamente, ao verem-se tão belos quanto realmente são, não iriam querer enfeiar-se com atos que pudessem macular a pureza desta visão
Passariam a tratar-se com mais respeito e consideração
E assim... as aspas do “amor” não mais fariam sentido
As lágrimas serviriam apenas para fazer transbordar a alegria que no peito não caberia
Os risos seriam doces
A felicidade constante
As armaduras poderiam ser retiradas
O palhaço não precisaria mais de maquiagem pra fazer sorrir
O orgulho não mais seria necessário, seria riscado dos dicionários, pois não haveria mais a necessidade da vergonha para frear os maus impulsos, porque estes também estariam abolidos da alma humana
A coragem deixaria de ser uma virtude, posto que não haveria o que temer
A sinceridade seria inata, pois a verdade não teria como doer diante da perfeição
3ª parte: Utopia.
- Ideologia:
UTOPIA...
Sei que é o que lhe passou pela mente ao ler as últimas linhas de meus versos!
Sem querer apelar a um tom religioso, filosófico ou profético
Não sei ao certo no que você (leitor) acredita...
Mas racionalmente falando, seria impossível o Ser, no qual a maioria diz acreditar
Que todos os que acreditam acham Perfeito...
Que este mesmo Ser...
Tenha-nos criado sem elementos para nos tornarmos um dia...
A altura de sua própria perfeição!
Bem...
Eu não sei Ele...
Mas eu, emprego amor e dedicação a tudo o quanto busco realizar
E não me contento com menos do que o Máximo dentro de minhas possibilidades!
E como sei que a minha grandeza não é nada perto da Dele...
Acho que essa utopia é viável!
Basta que paremos para nos olhar em águas calmas, com carinho, sem cobranças que não vão nos levar a lugar algum...
Abraçar a nós mesmos com respeito e autoconfiança é o primeiro passo para podermos tratar aos outros da mesma forma!
- Conclusão e agradecimentos:
Beijos a todos que mais uma vez me dispuseram alguns minutos de seu precioso tempo! E espero que encontrem o mais rápido possível uma “lagoa” cristalina e tranqüila, a margem da qual possam sentar-se calmamente e vislumbrar toda a beleza que existe dentro de cada um. Não importam os erros que se tenha cometido, quanto a estes, talvez seja bom, no caminho, antes de chegar ao lugar de águas tranqüilas, que se dê uma parada em rio de correnteza forte e intermitente para se jogar nele todas as mágoas que por ventura estejam em suas costas, que dos erros apenas sejam guardadas a preciosas lições, pois estas não se devem esquecer. No mais...é seguir em frente...chegar ao local marcado e dar-se um abraço longo e carinhoso, cheio de amor...porque se você teve a sensibilidade de chegar até aqui: certamente o merece e o fará! O primeiro passo em busca de amor, respeito e perdão, sempre tem que ser o nosso. Após isso, verá como muitos que nunca o tinham reparado antes, também passarão a abraçá-lo e tratá-lo com amor!
Simone Tavares
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