Me senti nua e rejeitada,
Num choque de realidade...
Tal qual água fria em dia de inverno.
Como se o fio de esperança que me sustentava,
Houvesse sido cortado bruscamente.
A tênue luz ao fim do túnel,
Tivesse sido apagada e me deixado cega.
Em queda...em meio ao escuro...
Não fui capaz de te reconhecer!
Te ataquei..pelo simples medo de te perder!
Com isso me precipitei ainda mais ao fim deste poço.
A escuridão aumentou...
A distância se mostrou ainda mais intransponível...
Minha voz mais distante de seus ouvidos.
Meu sorriso aos seus olhos perdeu o brilho.
Tola orgulhosa e arrogante que fui!
Por medo de nunca poder ter em ti um amante,
Perdi também o amigo confiante.
No tudo ou nada da ignorância...
Joguei fora toda a esperança,
Fazendo birra feito criança!
Magoei um coração tão gentil,
Envergonhando com isso, a mim mesma.
Enfiei uma estaca em meu próprio peito...
Tola suicida!
Que sofre agora mais pelo que disse...
Do que pelo que não queria ouvir!
Não vou pedir perdão...
Pois sei que não mereço!
A mim basta que saibas...
Que de você não me esqueço!
E que de sua honestidade...
Jamais duvidei!
Em meu coração...
Seu lugar especial sempre estará guardado.
Serás sempre minha eterna fantasia!
Meu segredo de aconchego!
O homem que toda mulher idealiza pra si mesma!
Com a medida certa de luxúria e carinho...
Seriedade e leveza...
Responsabilidade e loucura!
Que em poucas palavras, conseguia transmitir tantas coisas.
E que mesmo distante e em terras frias...
Emanava mais calor que meus dias de verão!
Me mostrou tanto amor
Se disse apaixonado...
E tremia ao falar comigo.
E em cujas feições...
Pude perceber a sinceridade pura de uma alma nobre.
Mas como o destino é ironico...
Não podia deixar de ser,
A qualidade admirável de um momento...
Passou em outro...
A ser o pivô de tão tola discórdia!
Se fez em balde...
Me atirando a cabeça o que não queria admitir:
O surrealismo de minhas esperanças.
Embora se diga que tudo na vida é possível...
Até então não havia me dado conta,
Que muitas coisas são improváveis.
A frustração formou-se em garras,
As palavras afiadas como espada
Forjada pelo orgulho.
Punhalada de golpe certeiro...
Pôs ao chão toda aquela emoção!
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Não vou pedir perdão...
Pois sei que não mereço!
A mim basta que saibas...
Que de você não me esqueço!
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Simone Tavares
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